LIBERTAR AS CORRENTES

A receita da vida!

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vista cansada


Doce vida cajuína, é assim, sem nexo permaneço caminhando por um mundo sem destino, com caminhos tortuosos.  Espinhos, a rosa só é vermelha, pois o sangue que escorre da ferida do meu peito derrama sobre os seus lindos cabelos que teimam em balançar para o outro lado.
Ao te ver o ar fica tão rarefeito que o efeito, que o feito, consumado não se fez e na espera de um acalanto, um sorriso, provocar o seu pranto eu não consigo, só caio no abismo, no vazio de uma escuridão. Triste fogo da vontade que se apaga na primeira lágrima escorrida na tua ausência minha linda, no teu disfarçar de um olhar que cisma em casar com outros olhares.
Desde então cai na escuridão, em um mundo fundo sem voltas, percorrendo atrás de um sentido, para direita, para a esquerda, acima ou abaixo não sei, a única certeza que tirei disto tudo é que o não sentido é o que me satisfaz mais, me traz alegria, irreverência, me leva a novas tendências.
Procurei em outros olhos encontrar a felicidade, eles sempre sorriram para mim com perfis convidativos, com um chamado extremamente instigante, conferi, gostei e nunca mais me lembrei e dos teus nunca mais me lembrei. Sai vagando por ai, fazendo festa, algazarra, aproveitando tudo que a vida me endereçara, sem me preocupar, com o tom que estava de onde vinha o olhar.
Em certa ocasião, me olhei no espelho, há tempos não o fazia e descobri em mim os olhos que deixei para trás, aqueles que eu fingi ter deixado de lado, a partir daí comecei a me embriagar, até que fosse possível me esquecer, não ser você, não...