LIBERTAR AS CORRENTES

A receita da vida!

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

‘Marcha Cabeça de papel’


Louvemos as lutas e batalhas a favor disto ou daquilo outro, manifestações em prol de qualquer coisa que seja, a liberdade de expressão é uma maravilha, tanto é que até ela ganhou uma marcha, a da liberdade. A força das circunstâncias fez com que até tivesse votação a favor das manifestações, viva, ganhamos, vencemos o que?  Ganhamos o direito sair pelas ruas, arrotando todos os tipos de palavras contra a repressão? Você sabe o que é repressão pelo menos? Eu digo não no sentido literário e sim prático da coisa.
Enquanto jovens fortes, com as suas ‘fanfarras’ saem às ruas, movidos a ‘arroz e feijão’ que muitos no em torno do Brasil e do mundo não possuem e mal conseguem se mover para pronunciar o próprio nome.  A educação está ai decretando falência e vocês só preocupados com a ‘medicinialidade’  de uma erva torpe?
Não sou contra o direito de protestar, mas há causas muito mais urgentes que precisam de todo este ‘engajamento’ mas que caem na vala do esquecimento. Há pessoas que só por ter comida no prato e direito de protestar em liberdade, que tudo esta resolvido, que o mundo esta correndo bem, pois bem, vou te contar um segredo, o mundo realmente esta correndo bem, para trás!
Estou aqui para gritar por quem não tem voz hoje e pedir em nome deles para levantarmos menos bandeiras e estender mais mãos, mais gestos no lugar de berros que muitas vezes ecoam sem saber a própria direção. Esta longe das minhas pretensões salvar o mundo, só pretendo chamar a atenção, ascender uma faísca mesmo que eu não tenho um combustível para ‘incendiar’ de vez.
Isto só é fruto da indignação de ver pessoas marchando pela primeira coisa que vem a cabeça sem nem pensar no ao redor, com um tipo de união estranha em que as pessoas dizem “aqui é livre cada um protesta pelo o que quiser” e a junção em prol de uma causa onde fica? Eu sei, estou falando para o vazio, acho que vou continuar a socar a minha faca por aqui mesmo.


domingo, 12 de junho de 2011

Quem dá mais?


O universo dos shows chegou ao Brasil ‘meldels’, os gringos descobriram que o país não é só futebol, samba e a capital não é Buenos Aires, e sim é uma máquina de cifrões incandescentes que voam independente de playbacks ou não. Muitas pessoas das antiguidades morriam sem ver a sua banda ao vivo, ou pensa que, por exemplo, o Nirvana veio sequencialmente para cá?
Triste, mas o Kurt Cobain não pode comprar uma bela casa nos Alpes ‘Brasileños’ a fim de voltar  todas as vezes ao país para mandar o seu rock’n roll, no entanto vamos deixá lo onde colocaram ele. O Paul McCartney se deixar volta uma vez por mês, é só pegar a ponte aérea E.U.A > Brasil.
A cada dia que passa, somos bombardiados com festivais mil, com 300 bandas que muitas vezes não casa o evento, mas trazendo público tem espaço, veja só o que virou o ROCK´n Rio, está mais rio do que rock, um rio que parece mais é uma salada de frutas. Fico me perguntando se não estou chato demais, exigindo coerência demais, logo eu. Fato é que o dinheiro é o carro chefe, se o evento vai ser bom ou não deixamos a segundo plano.
Esta moda pegou tão forte nos trópicos, que devoramos ingressos como se fosse carne para um tubarão faminto. Temos fome de que? É só vontade de ver uma banda que não sabemos pronunciar nem o nome as vezes? É querer participar de um grupo seleto que tem mais de duzentos “conto” para bancar uma aventura desta? É o desejo de liberdade encontrados nas letras murmuradas em latim? Melhor dizendo, inglês. É o que? Eu confesso que não sei mais.
Não sou um hipócrita, eu também desejo ver muitas bandas lá de fora, ou acha que fiquei feliz em não conseguir comprar o ingresso do The Strokes e System of a Down? Só fico estarrecido com as proporções desenfreadas que as ações estão indo e tende a piorar, vai chegar o momento que pagaremos 500 reais sem pensar por um pocket show que vale no máximo 5 reais com um brinde  para quem comprar a entrada.
Enquanto a ‘Ivetinha’ e o Chiclete vão fazendo um Rock’ para todos os efeitos, lógico, nada contra, tem guitarra também, eu vou sendo um frustado feliz com os meus shows de no máximo 20 reais no Hangar 110. Descobri que tem bandas aqui que produzem o mesmo som das de lá. No entanto ainda creio que um dia estes famigerados pelas ‘gringas’, deixam uma sobra do filet para os plebeus, mas o meu eu quero bem passado, se não eu não pago.