LIBERTAR AS CORRENTES

A receita da vida!

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Em pré-visto


O horizonte inebriante sobrepuja a capacidade de reflexão ondular. Fácil seria a oração estúpida esculpida de um cuspe alheio que sobrasse no seu rosto entalhado como uma madeira cheia de cupim.
O impulso é uma variante da coragem reprimida dentro do querer absurdo, tão falante, tão gritante que lhe deixa surdo. Como se não fosse dono dos movimentos, o corpo agi pra lá, pra cá sem previsão de momento  e na calada do silêncio, esperneia o que sempre esteve ali subentendido, guardado, torna-se desprendido, onde nele traz a razão de um ser não arrependido.
O pulso tem que ser forte para controlar o incontrolável. Incessante, inerente, as vezes incoerente, seguir os pensamentos é uma variante nada descente, no universo da perfeição, o torna um demente, desprovido da segurança, sem ter o que fazer, na cegueira que um dia alcança.
Ouço, quando a surdez é grande, as batidas do coração falam e em tom de uma nota só constroem uma melodia, que não sabe se é cedo ou tardia de uma vontade que até arrepia. Nesta estrada desconexa, mesmo irregular, mesmo sem medida, no meio da escuridão a única luz que é possível de se enxerga é a que se pode, vida.